de volta para casa

Depois de 34 dias, enfermeiro-chefe da Ala Covid-19 do Hospital de Caridade recebe alta

Jaiana Garcia

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Pedro Piegas (Diário) / Ronaldo foi recebido pela família - a esposa e os dois filhos - e não conteve a emoção ao abraça-los depois de mais de um mês sem o contato físico

Foi mais de um mês de aflição até o momento em que Ronaldo Francisco Moreira, 45 anos, pôde sair pela porta do hospital onde trabalha para ir para casa, recuperado da Covid-19. Há cerca de 20 anos, ele trabalha como enfermeiro no Hospital de Caridade Dr. Astrogildo de Azevedo e, há um ano, comanda a equipe de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da ala Covid, onde contraiu a doença. Nos 34 dias em que esteve internado, Ronaldo teve duas paradas cardiorespiratórias, foi intubado duas vezes e precisou de uma traqueostomia.


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- Eu me sinto um pouco debilitado ainda, mas me recuperando dia após dia. A doença deixa a gente em um estado nutricional difícil. Agradeço a Deus, a minha família e a vocês (se referindo aos colegas), que moram no meu coração. Eu venci a Covid - disse, ainda com dificuldade de pronunciar as palavras, ao sair do hospital em uma cadeira de rodas.

A esposa, que é técnica em enfermagem e trabalha com Ronaldo, diz que ele morreu e nasceu de novo. Ele ficou intubado 20 dias e teve 70% do pulmão comprometido. Ela comemora a alta, depois de momentos tensos.

- Foi muito difícil. A gente trabalha aqui dentro, mas tem notícias como uma família qualquer, só uma vez por dia. Ele é um guerreiro, batalhou muito para ficar vivo. Foi um milagre, quem viu ele lá na UTI sabe. É um presente de Deus, estamos muito felizes! - salienta Adriana Moreira.

Com balões, palmas e muita emoção, os colegas de trabalho o receberam em frente ao hospital. Além da esposa, os dois filhos e os irmãos também o aguardavam do lado de fora.

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- Ele teve risco de morte, em um quadro muito grave por várias vezes. A internação dele, para nossa equipe, foi bastante difícil. Tivemos uma convivência diária e intensa em quase um ano de pandemia e, por isso, estamos aqui celebrando a alta dele - lembra Josiane Cancian Severino, enfermeira da UTI Covid, que trabalha há 10 anos com Ronaldo.

O enfermeiro ainda ficará se recuperando em casa e não tem previsão de data para retornar ao trabalho no hospital. 

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